Meu primeiro Fly Pig e minha percepção nítida sobre as diferenças entre os "LSDs"


Que viagem leve e agradável!

 Apesar de já ter escrito algumas vezes sobre a linha do húngaro, foi só recentemente que tive minha primeira experiência com ela. E comecei com um papel inteiro do Fly Pig.

Na boca já notei que o tipo de papel é bem diferente do que estou acostumado, parecer ser mais fininho, o que acabou sendo positivo porque foi rapidamente se desfazendo na boca.

O come up foi extramamente suave, mal pude notar aquele punch que vem lá pelos 40 minutos quando tomo outros papéis. Quando fui ver, subtamente já estava sub efeito. 

 O headspace foi extramente leve e claro, mas não dava pra seguir nenhum raciocínio muito profundo. A tomada de decisões parecia quase que inalterada, exceto por uma leve letargia que mais fez eu querer ficar estático do que falar ou me movimentar pra qualquer coisa.

 Como foi minha primeira experiência com Swiss Bliss, que é famoso pelos visuais, decidi assistir a um filme que colaborasse com esse potencial. Assisti ao filme do Mario. Em torno da segunda hora começaram os visuais, a princesa Pitch parecia meio que feita de gelatina, o rosto balançava pra um lado e pro outro. Havia uma intensificação nas cores e alguns tracers no ar. Foi um visual bem agradável até, bem presente mas não ao ponto de causar confusão.

 Enfim, se passaram algumas horas e senti durante o tempo todo muita leveza, mal tinha aquela sensação de uma "embriaguez" pelo psicodélico. So mais os pensamentos flutuantes mesmo. 

 Sem dúvida alguma é um ótimo material, extramamente fácil de navegar e com visuais bem presentes e agradáveis. Mas por ter esse headspace super leve e limpo acaba impedindo um mergulho maior na psicodelia, efeitos como a dissolução do ego parecem bem improváveis. Acho que dificilmente eu teria visões místicas de sentido e significância profunda. Mas é bem recreativo.

Essa experiência confirmou uma percepção que sempre tive...

 De certo que é uma experiência inegavelmente distinta do que se tem com papéis como os da linha Joy, Acid, ou Flor da Vida por exemplo. Não estamos tratando aqui como se diz usualmente "mesmas substância, uns subsdosados e outros não".

 Existe uma nítida diferença entre esses que citei entre si e também com o Húngaro. É difícil dizer se estamos tratando de lisergamidas diferentes, como ALD-52, ETH-LAD; ou se existem outros fatores involvidos.

 Honestamente, discordo plenamente quando dizem que é tudo LSD e o húngaro é o único que tem dosagem real. Já tomei vários outros papéis em quantidades das mais variadas e eles se diferenciam completamente um dos outros. 


Seria a diferença entre lisergamidas análogas ou o que então?

Seria bem difícil definir a difereça específica entre as substâncias, mas sabemos que o começo do efeito tem uma média em comum entre si e com duração total semelhante também, fora a todo os outros aspectos descritivos: distorções visuais, perda da noção do tempo, etc.

Além da parte química (a qual ainda não conseguimos comprovar), talvez um dos fatores significantes dessas diferenças possa ser a combinação da expectativa criada pela arte do papel, pelo nome e fama do laboratório, e por relatos alheios; pode ser que todos esses fatores que acompanham a substância já ajudem a criar um viés de confirmação para a experiência. O que acabaria guiando o que experenciado através da expectativa do usuário.

 Isso não seria uma possibilidade improvável, uma vez que estamos tratando de uma molécula que é conhecida por ser um "amplificador não específico", poderia isso ser então um fator crucial pra definir o que poderiamos chamar uma espécie de "sabor" da experiência. 

 Por exemplo, na linha do Lab illuminate que tem o cristal nomeado como Super Fluff e suas artes criadas pelo artista John Speaker. As artes dele trazem uma vibe meio mística arco íris, um misto de magia com essência da inocência de criança.


 Sempre que tomo os papéis deles (já tomei o Allah e o Meet in the Middle) tenho experiências exatamente como o que é mostrado nas artes, tudo é super macio e suave (super fluff) e tudo toma formas sutis mas bem graciosas, coloridas e com a mesma sensação inocência que a arte traz.

 Já quando tomo os da família Joy a tendencia é ter uma onda um pouco menos visual, mas bem profunda e intensa mentalmente, quase que uma garantia de uma dissolução do ego.

 Quando tomo um Tupã vejo uma formação visuais com diversas variações de texturas e cores saturadas. Com headspace médio pra pesado.

E por fim, como foi dito acima, quando tomo um Fly Pig vem essa onda super súbita e agradável de visuais flutuantes e intensos.


Há sim diferença, só é bem difícil dizer exatamente qual

Enfim... se a única diferença entres todos os citados fosse apenas uma questão de qual tem dosagem real ou qual é subdosado não creio que haveria uma variação tão intensa de tipos do efeitos visuais, diferenças de headspace, etc. 

 Acho que nos como comunidade temos que reconhecer isso, existe sim uma notável diferença entre os produtos dos diversos Labs. Só nos resta conseguir pouco a pouco elaborar melhor a diferença entre eles; uma tarefa bem árdua e que requer uma enorme habilidade de traduzir em palavras toda a inefabilidade da experiência.

E vocês, o que acham? Já notaram também essa forte diferença entre os "LSDs"?

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